tag:blogger.com,1999:blog-85524693846528030922024-03-13T10:55:42.674-02:30Lá em BabelMuitas vozes, diversas linguagens. Reunião de coisas comuns pela sua diferença. Ser divino sendo imperfeitamente humano. Buscar o outro assim como a si próprio.Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-58741943425628227472010-11-07T13:35:00.003-03:302010-11-07T13:42:26.932-03:30Na sequência"Feliz? Ninguém é feliz... Com muita sorte se consegue ser alegre. A vida gosta de quem gosta dela". AJ<br /><br />"Gente que vive à procura de algum sentido pra vida nunca vai encontrar. Quem já sacou a piada sabe que sentido pra vida a gente inventa". MT<br /><br />Não adianta ter medo de recomeçar, principalemente quando o recomeço parece ser a única porta de saída.<br /><br />E assim o show continua.Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-44721385137527187292010-07-27T06:59:00.001-02:302010-07-27T07:02:39.956-02:30Tô Voltando!Pode ir armando o coreto<br />E preparando aquele feijão preto<br />Eu tô voltando<br />Põe meia dúzia de Brahma pra gelar<br />Muda a roupa de cama<br />Eu tô voltando<br /><br />Leva o chinelo pra sala de jantar<br />Que é lá mesmo que a mala eu vou largar<br />Quero te abraçar, pode se perfumar<br />Porque eu tô voltando<br /><br />Dá uma geral, faz um bom defumador<br />Enche a casa de flor<br />Que eu tô voltando<br />Pega uma praia, aproveita, tá calor<br />Vai pegando uma cor<br />Que eu tô voltando<br /><br />Faz um cabelo bonito pra eu notar<br />Que eu só quero mesmo é despentear<br />Quero te agarrar<br />Pode se preparar porque eu tô voltando<br />Põe pra tocar na vitrola aquele som<br />Estréia uma camisola<br />Eu tô voltando<br /><br />Dá folga pra empregada<br />Manda a criançada pra casa da avó<br />Que eu to voltando<br />Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar<br />Telefone não deixa nem tocar<br />Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando!<br /><br /><br />Composição: Paulo César Pinheiro e Maurício TapajósDébora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-15514992735846152312010-07-19T10:09:00.000-02:302010-07-19T10:10:06.267-02:30Coming soon: Europe!Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-83683081544264988502010-05-13T17:16:00.003-02:302010-05-13T17:27:13.797-02:30Legacy of Slavery (in Slave Literature)"Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou D. Plácida. É de crer que D.Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores dos seus dias: — Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam: — Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os<br />olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na<br />costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia." <br /><br />"Mas eu não quero outro documento da sublimidade do meu sistema, senão este mesmo frango. Nutriu-se de milho, que foi plantado por um africano, suponhamos, importado de Angola. Nasceu esse africano, cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, um<br />navio canstruído de madeira cortada no mato por dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou dez homens teceram, sem contar a cordoalha e outras partes do aparelho náutico. Assim, este frango, que eu almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas, executados com o único fim de dar mate ao meu apetite".<br /><br />"Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor de meu rosto. Mais;não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa<br />imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida."<br /><br />Memórias Póstumas de Brás Cubas<br />Machado de Assis - 1881<br /><br />E isto só tem 129 anos! È foda para uma nação com esta herança ter Ordem e Progresso, ser justa e próspera. Machado avisou que a abolição não ia resolver... a escravidão ia persistir de alguma forma. Mas é pra isso que estamos aqui ne?! sabe aquele velho sonho de querer fazer alguma coisa, de querer mudar 0,00000001% do mundo? I still imagining...Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-32009541920263276152010-05-06T13:10:00.008-02:302010-05-13T19:04:09.700-02:30Primavera / Verão em London!Londres é EXTRAORDINÁRIO na Primavera/Verão! <br /><br />Bom, ainda não sei se digo isso porque passei seis meses num cenário cinza e chuvoso, se porque coincidentemente agora estão acontecendo tantas coisas legais, se porque Londres é realmente extraordinário na Primavera/Verão ou se todas as respostas acima estão corretas. <br /><br />Nada como sair do trabalho e ficar 'quentando' naquele solzinho na pracinha cheia de flores, caminhar pra casa e simplesmente resolver tirar uma soneca de ressaquinha no Kennington Park (enfrente ao meu apê), tomar o sorvete Benny & Jerry sem sentir a mão esfriar, aposentar as botas e as camadas de casacos, fazer comprinhas da coleção nova, assistir o pôr-do-sol às 8:30 pm, fazer picnics às quartas-feiras no Heath e no St. James aos sábados, ir a gigs de rock, tomar uma pint do lado de fora do pub, dormir com a janela aberta e sentir uma brisa suave, ir a barbeceus e em seguida a clubes latinos, trabalhar com pessoas divertidas e exóticas (um dos recepcionistas do Holliday Inn é um egipicio de uns 45 anos que se veste como mulher - tem seios e penis - e apesar de gostar de garotas disse que elas ficam competindo muito com ele), sentir-se mais confiante com o idioma, conhecer Oxford, conhecer um cara legal.<br /><br /> Eu ainda não sei... só sei que tá tudo muito bom! E acreditem, sem culpa nenhuma! rsrsrDébora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-61791046898969049732010-02-27T13:13:00.006-03:302010-03-15T12:13:55.783-02:30K Weekly Get Together - drinks, love and joyEu acho que o fato de estar longe da sua hometown e perto de brasileiros não é suficiente para criar uma amizade. Amizade não pode ser imposta ou cobrada, ela simplesmente acontece. E foi deste jeito que eu conheci a Cris, e que 6 anos depois me apresentou a K e a Nat aqui em Londres. Meninas bonitas, talentosas, batalhadoras, independentes, viajadas, divertidas, sonhadoras.<br /><br />Uma delas é mulher de negócios, com um senso de bom gosto super apurado. Fez aula de dança quando criança e por isso se joga na pista. Outra é mega organizada, daquelas pessoas que gostam de fazer tudo certinho, de uma humanidade incrivel; adora researches. Há uma que tem um humor perspicaz, que sabe colocar um bom tempero no palco da vida. E a quarta garota dispensa apresentanções, sendo ela esta que vos escreve e que portanto pode ser definida pelos posts deste blog. <br /><br />E assim a gente se junta toda semana pra falar da vida, pra tomar muito vinho, pra dançar e pra saborear pratos muito especiais. Eu adorei estas pessoas terem aparecido na minha vida e vou sentir saudades depois. Mas acredito que elas vieram pra ficar!<br /><br /><br /><br />"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". <br />Fernando Pessoa<br /><br /><br />Observação: qualquer semelhança com o programa Saia Justa,com a série Sex and The City ou com a turma do SarauVá é mera coincidência.Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-34729355474349346342010-01-25T18:32:00.010-03:302010-02-04T15:19:11.539-03:30Academia - Kinectic Fitness ClubEhh pessoas, a dieta inglesa (batatas, salsicha, ovos, bacon, jantar ao invés de almoço, chocolates baratos e cafés com creme) me fizeram engordar. Melhor nem mencionar a quantidade de kgs (em libras parece ainda pior!) que ganhei aqui. Mas nada que uma academia não dê jeito!<br /><br />Fiz um contrato de 6 meses, assim vou chegar aí no Brasil sarada! rsrsrs A academia pertence à universidade, mas o público em geral também é aceito. O legal é que o valor da mensalidade inclui aulas: <em>yoga, pump, fight, circuit, aerobic</em>. Adoro as de yoga, tem hatha yoga, power yoga, yoga fusion e yoga for all. Vou em todas que posso! Me aventurei no pump e quase tive um ataque cardíaco. A aula de aeróbica foi engraçadissima! Fui com uma colega francesa e rachamos de rir da coreografia e das tentativas do professor animar a galera - ele não perde para nenhuma cheerleader! <br /><br />A musculação é diferente da que a gente conhece. No primeiro dia tem a <em>induction</em>, que consiste em mostrar como os aparelhos funcionam para o grupo de iniciantes. Aquela avaliação física e a ficha pessoal é coisa pra personal trainer aqui... que cobra 25 pounds por hora! Ainda bem que tenho noção de algumas coisas, já que estava malhando antes de vir pra cá. Mas fiquei tão puta que fiz o instrutor demonstrar todos os aparelhos, mesmo os que eu conhecia.<br /><br />AS meninas vão malhar super maquiadas. No vestiário feminino a maioria não tem vergonha de ficar pelada e toma banho sem chinelos. Outra diferença que notei é que o costume aqui é limpar o aparelho depois de usar, ou seja, deixar o aparelho limpo para a próxima pessoa. <br /><br />Tô gostando desta nova rotina e espero ficar em forma rapidinho! E dá-me serotonina!Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-91881200111571395862010-01-21T17:08:00.006-03:302010-01-30T17:03:18.005-03:30Perdidos e Achados (ou não!)Quem me conhece sabe que costumo perder, esquecer meus pertences por onde ando. É umas das coisas que mais odeio em mim. A parte boa é que geralmente encontro o que perco. Aqui em Londres é ainda pior porque carrego um mundo comigo: idumentária, almoço, lanche, o material da facul, roupa para academia e por aí vai.<br /><br />Fiz uma lista do que perdi e achei (ou não!)<br /><br />- pasta da faculdade: três vezes, uma na lojinha da faculdade, uma num mercadinho indiano e outra no refeitório da acomodação. Achei as três vezes!! Tinha meu caderninho amarelo que vale ouro, com todas informações mega importantes.<br /><br />- oyster (cartão de transporte):uma vez, na faculdade. Foi recuperado.<br /><br />- sombrinha linda que comprei em Camden. Esta nunca mais voltou.<br /><br />- chave de casa e cartão de estudante: esqueci na sala de informática da facul. Dormiu lá e resgatei no ourto dia, do jeitinho que deixei.<br /><br />- brinco que comprei pro casamento de Tina com consultoria da Mi: perdi na balada em Camden e achei!<br /><br />- celular: perdi no ônibus e nunca mais vi. Tive que comprar outro.<br /><br />- cartão da academia: perdi nas primeiras duas semanas dentro do vestiário feminino. Até agora nada... acho melhor pedir uma segunda via...<br /><br /><br />Toda vez que perco alguma coisa penso: ainda bem que não é meu passaporte! Espero que nunca chegue a vez dele. Ahh, outro dia achei 5 pounds! Vou investir numa nova sombrinha.Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-62601971747835318332010-01-15T07:25:00.006-03:302010-01-30T17:06:09.275-03:30A labuta de achar um lugar para morar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsEqc7ovKSdCydjmtIY-GT_5P__AiaZWKUU_KNrxCwb6jZfl7g20MtHOBXpPHpKw7yjZsw3t12yqj8T6maM87uXzAHk5R91DdSbj-16O3cvPAj6L-NCTCtfsP21VN_JllYl9FKF4YBqcQ/s1600-h/vista+da+minha+janela-+Kenington+Park.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsEqc7ovKSdCydjmtIY-GT_5P__AiaZWKUU_KNrxCwb6jZfl7g20MtHOBXpPHpKw7yjZsw3t12yqj8T6maM87uXzAHk5R91DdSbj-16O3cvPAj6L-NCTCtfsP21VN_JllYl9FKF4YBqcQ/s320/vista+da+minha+janela-+Kenington+Park.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430800748617958130" /></a><br />Este é um assunto já meio antigo, mas coloquei a chamada... então serei breve:<br /><br />Resolvi sair da acomodação estudantil porque queria uma coisa mais de gente grande. Cansei das festinhas, das músicas, da recepção, do meu quarto, dos banheiros coletivos e dos furtos à geladeira, dos horários certos para comer, da comida típica inglesa todos os dias. <br /><br />Resolvi dividir uma casa/apartamento com profissionais ou estudantes mais velhos. Agora moro com um casal polonês (ele trabalha em um restaurante e ela em uma loja), uma italiana (doutoranda em biologia=>proteínas=>cancer) e um italiano (que ninguém sabe o que faz pq quase nunca dá as caras). Agora tenho uma cama de casal com vista para o Kenington Park, pegando um pedacinho da London Eye e do Parlamento! Tô adorando cozinhar assistindo TV e ter todos os meus cremes no banheiro. Olha que luxo!<br /><br />Bom, mais isso foi depois de muita, muita labuta! Ao todo pesquisei na internet 63 lugares, devo ter ligado para uns 48 landlords e visitei cerca de 30 casas/apês. Tinha de tudo: lugares sujos, com mofo, muitos moradores, longe de supermercados e estações de metrô, gente esquisita, quarto pequeno demais, sem internet ou sem lavanderia, afff uma dificuldade. Tava mega angustiada, até liguei pra Cris que tava em férias no Brasil. Só consegui um lugar legal-normal (nada demais também)depois que aumentei o valor do aluguel no filtro de busca do site. Ehh, com acomodação não rola de economizar.<br /><br />PS> coloquei a fotinha da vista da minha janela.Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-52226005321987905312010-01-15T07:04:00.003-03:302010-01-15T07:23:52.667-03:30Saudades do Brasil =>Minas =>BH =>Lagoa Santa- depilação (em moeda brasileira, pois aqui paguei 22 pounds pela virilha. Me doeu mais o bolso do que a depilação a cera depois de 4 meses passando gilete).<br /><br />- café + pão com manteiga + queijo minas<br /><br />- bolo de fubá com erva-doce e pão-de-queijo (aqui tem uma versão boliviana)<br /><br />- piscina e banho de sol e claro... saudade de praia<br /><br />- cachoeira (Serra do Cipó, Serra dos Alves, Milho Verde, Ibitipoca)<br /><br />- carne (a daqui é horrível! estou quase uma vegetariana)<br /><br />- tomar cerveja gelada no Seu Orlando<br /><br />- samba (ver todo mundo sorrindo quando toca: Viveeeer e não ter a vergonha de ser feliz... ou Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo...)<br /><br />- dirigir (fazer 120 na linha verde)<br /><br />- fazer caminhadas (na Bandeirantes, no Parque Municipal, em Lagoa Santa)<br /><br />- novela, principalmente os capítulos finais<br /><br />- pular carnaval (ai tá chegando e vou perder este ano!)<br /><br />- frutas : manga, mamão papaia, melancia, abacaxiDébora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-55884674367731761632009-12-09T06:32:00.002-03:302009-12-09T06:35:56.597-03:30FériasQueridos amigos,<br /><br />tirei férias do blog por alguns dias... Agora estou numa fase de viver e não de escrever. Uma licença literária, afinal o descanso faz parte do movimento. Volto ano que vem com mais novidades!<br /><br />Um beijo com carinho a todos!<br />Saudades sempre,<br />debDébora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-87655262310763250172009-11-21T06:26:00.008-03:302009-11-27T10:47:32.479-03:30London Jazz FestivalAconteceu entre os dias 13 e 22 de novembro o London Jazz Festival. Alguns dos convidados foram: Branford Marsalis (saxofonista norte-americano que tocava com Miles Davis, um dos músicos mais influentes do século XX), Giulia y los Tellarini (compositores da música Barcelona selecionada por Wood Allen para o filme Vicky Cristina Barcelona), Melody Gardot (cantora e compositora norte-americana), Trinity Jazz Orchestra (grupo de estudantes dos EUA reconhecidos pelo talento e dedicação à música), Madeleine Peyroux (cantora franco-americana famosa por suas habilidades vocais) e até Gilberto Gil (sempre pensei que ele fosse um cantor de MPB/reggae...). Alguns espetáculos eram de graça e o público era em geral de pessoas mais velhas. Fui aos shows da Trinity Jazz Orchestra e da Madeleine Peyroux (comprei este ingresso trinta minutos antes do show e paguei 10 pounds mais barato!), no SouthBank Centre (um Palácio das Artes gigante). A-do-rei!! Depois fomos numa feirinha de comida alemã em frente ao teatro, uma delícia! <br /><br /><br />Postei aquí embaixo um filmizinho que fiz da Trinity Orchestra:<br /><br /><OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-b676b776f73b6e9 height=266 width=320 contentId="b676b776f73b6e9"></OBJECT>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-83676355583235082009-11-17T12:00:00.018-03:302009-11-27T12:57:22.660-03:30Choque cultural & homesickness<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8TH0kCzKM0lNO1QOkaQEUt3en8WotH83Sct41BCPSTvVEi5laUzeLCqsL24RQEEkv513-BG0QrJqR82EfDA3tcs2wa1zLy08inr04rr8YxZqirvm-I1uZ5hpTSWfFySvSq07USCXMAps/s1600/Sem+T%C3%ADtulo-1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 154px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8TH0kCzKM0lNO1QOkaQEUt3en8WotH83Sct41BCPSTvVEi5laUzeLCqsL24RQEEkv513-BG0QrJqR82EfDA3tcs2wa1zLy08inr04rr8YxZqirvm-I1uZ5hpTSWfFySvSq07USCXMAps/s320/Sem+T%C3%ADtulo-1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406668125046114722" /></a><br />Nem tudo são flores... apesar dos posts super legais, morar em outro lugar tem seus espinhos. A sensação que tenho é que estou constantemente numa sala de espelhos e cada mínima atitude reflete quem eu sou. Aqui, vive-se experiências mais densas que colocam à prova a personalidade,a identidade, os objetivos, as escolhas. Quando me distanciei da rotina, dos amigos, da família, das paisagens habituais me vi fora da minha zona de conforto e comecei a introjetar o processo de mudança. Os dias de TPM e meu lado romântico só aumentaram meu sofrer. <br /><br />Choque cultural é mais que sentir a diferença de fuso horário e saudade de casa (homesickness). Apesar de nem todo mundo passar pelas mesmas experiências, muitos especialistas no assunto concordam que existem 5 fases no processo de choque cultural, que formam um gráfico em U. E dependendo da situação pode haver mais de um ciclo!<br /><br />Na primeira fase estamos empolgados com as novidades; até o clima diferente provoca sensações excitantes nunca sentidas. Algumas dificuldades como usar o telefone ou o transporte público (vide post Primeiros Passos)são superadas e você quer experimentar novas comidas e fazer contatos com pessoas. Em seguida, o desconhecimento dos códigos sociais te impedem de comunicar o quanto você deseja. Surge o sentimento de frustração e você se sente um idiota. Na terceira fase, você não tem mais impressões positivas da cultura que está inserido e acha que foi um erro ter feito esta viagem. VOcê se sente isolado e sua carência se reflete na necessidade de comer a comida de seu país. A quarta etapa se caracteriza pela rejeição da nova cultura e pela adoção de uma postura crítica e suspeita sobre tudo: as pessoas são chatas, o <em>landlord</em> está te passando pra trás, seu professor não gosta de você, a comida te faz mal, insônia, letargia, dores de cabeça e de estômago. Finalmente e ansiosamente chega-se ao último estágio. Agora já se domina a língua, já se conhece os costumes e o cotidiano,sua auto-confiança se desenvolveu. Você entende que não pode mudar o ambiente, deve aceitá-lo. As pessoas e as coisas deixam de ser erradas e se tornam apenas diferentes. Você também está diferente agora, provavelmente uma pessoa mais forte.Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-67877427639991281972009-11-17T12:00:00.013-03:302009-11-21T16:24:58.395-03:30Weather<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoDe9uSoOvybq2VBoFaWSvOfDCc23ifHiA-LYuI5LCfcYrd7jc_-WRfaMi6m4uPzG1A3xO-_mU9O8zsGNIV2jj16UujYDt-2ZIzdfcs25-o7f3j4xjzkZW4ZZ9qwyeRZy5JaY-CPhtr0k/s1600/Sem+T%C3%ADtulo-2+c%C3%B3pia.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 217px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoDe9uSoOvybq2VBoFaWSvOfDCc23ifHiA-LYuI5LCfcYrd7jc_-WRfaMi6m4uPzG1A3xO-_mU9O8zsGNIV2jj16UujYDt-2ZIzdfcs25-o7f3j4xjzkZW4ZZ9qwyeRZy5JaY-CPhtr0k/s320/Sem+T%C3%ADtulo-2+c%C3%B3pia.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406647812856885938" /></a><br />Ninguém sai de casa sem pesquisar o trajeto que vai fazer e a previsão do tempo. O http://uk.weather.com/ já está nos meus Favoritos. Como já é sabido, o clima de Londres não é dos melhores: vento frio, chuva, céu nublado. A chuva até que não molha muito porque os pingos são grandes e esparsos, mas incomoda. Os ventos, além de aumentarem a sensação de frio, destroem qualquer sombrinha que custe menos que 7 pounds. O céu nublado a gente gosta; nos faz lembrar que estamos aqui, em Londres!!!<br /><br />Visto uma indumentária todos os dias. Além de calça jeans, bota e blusas de malha meus acessórios básicos são:<br />- meia-calça fio 80 ou de lã<br />- casaco de lã estilo <em>trenchcoat</em><br />- luvas de couro<br />- chapéu/gorro<br />- cachecol<br />- sombrinha<br />- protetor labial<br /><br />Aqui a gente vive experimentando choques térmicos. Do lado de fora aquele friozinho, do lado de dentro abafado. Quando chegamos em algum lugar fechado (casa, faculdade, bar, loja, supermercado) temos que tirar alguns ou todos os acessórios porque o aquecedor faz a gente suar. Estes choques térmicos provocam às vezes mal-estar e náuseas. Os ônibus/metrôs/trens são bem quentinhos, mas não são muito ventilados. Aprendi que é melhor ficar no fundão do ônibus para não correr o risco de sentar próximo a um velhinho fedorento. Sim, algumas pessoas aqui exalam um odor peculiar: uma mistura de roupa molhada e suja com suor. Os pums das pessoas são mais perceptíveis, já que o ar não circula nos lugares fechados. Tem dia que fico de saco cheio de pegar transporte público por causa destas coisas. <br /><br />Eu cheguei no outono, quando ainda havia dias de sol, algumas árvores com folhas, pouca chuva. Agora é enfrentar o inverno que nem começou direito. Os dias estão bem curtos, com luz solar das 7:00 AM as 4:30 PM. O clima só vai começar a melhorar em abril. Aí é hora de ir para os parques! Não vejo a hora de tomar sol de biquini no Hampstead Heath! Mas isso já é assunto para outro post que ficará pronto só daqui a uns 5 meses...Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-25439148833912994482009-11-02T16:43:00.014-03:302009-11-18T07:49:44.291-03:30Baladas !!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA9MhcdVrSd8F418Fr4i3BOTC3Mv5X7JfSii1Iy0RN9E07pt6XGvBsN4WOA59CfoUP0a1N2oX6rs7kQJEPbX-a-p2CzwrcGCzVvE6x73sz0AeHZRgdATJKPP_eA59E1PQLi9tR3D5dGUk/s1600-h/ElatepieceatMeetingofStylesGraffitiFestival2009cornerofBrickLaneandBaconStreetLondonE2lowres_thu.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401689753671581730" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 222px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA9MhcdVrSd8F418Fr4i3BOTC3Mv5X7JfSii1Iy0RN9E07pt6XGvBsN4WOA59CfoUP0a1N2oX6rs7kQJEPbX-a-p2CzwrcGCzVvE6x73sz0AeHZRgdATJKPP_eA59E1PQLi9tR3D5dGUk/s320/ElatepieceatMeetingofStylesGraffitiFestival2009cornerofBrickLaneandBaconStreetLondonE2lowres_thu.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwhqvwgFG4cnQOOe7yJhZVGSp0E6YXqFF75_yNIwkUtVzVe-Zxd5EXeghEbcj-JoIUZFWvhMeLW_G3KVdw0Vc81PzBQ5h8lotkJTqECAArvG834NZZjyfkDCREoYOauzCOUkesPScaToU/s1600-h/20071218183725!Comedy_Store,_Soho,_London.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401689598736311682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 238px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwhqvwgFG4cnQOOe7yJhZVGSp0E6YXqFF75_yNIwkUtVzVe-Zxd5EXeghEbcj-JoIUZFWvhMeLW_G3KVdw0Vc81PzBQ5h8lotkJTqECAArvG834NZZjyfkDCREoYOauzCOUkesPScaToU/s320/20071218183725!Comedy_Store,_Soho,_London.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPOo8a4H4SKyn4pHZrAkIcwwdBuEASQflJSFzmcgflZnulOXBX06YRZWbilmZOqLJNoMUOlZmvpsvgZ3kuws8lUjJiQC2SZabdN0JgRdQkGBKI8BY6DYfh0iMnFFCht0rtDFjnMQHT664/s1600-h/2954355334_b597f1b124.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401689452990966402" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPOo8a4H4SKyn4pHZrAkIcwwdBuEASQflJSFzmcgflZnulOXBX06YRZWbilmZOqLJNoMUOlZmvpsvgZ3kuws8lUjJiQC2SZabdN0JgRdQkGBKI8BY6DYfh0iMnFFCht0rtDFjnMQHT664/s320/2954355334_b597f1b124.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="justify">A primeira coisa é ter disposição. Pra ir pega-se no mínimo um metrô/trem e um ônibus e pra voltar só se pode contar com os ônibus noturnos que demoram a passar. E é bom sair la pelas 6:30 PM porque pouco depois da meia-noite os <em>pubs</em> fecham e só os <em>clubs </em>ficam abertos. A volta é legal : ver as figuras exóticas retornando pra casa, bêbados cochilando, <em>fog</em> e garoa nas ruas ... isso tudo te destrai durante o percurso de uma hora e meia até sua cama quentinha.</div><br /><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Até agora saí em <em>pubs</em> da Angel St, Brick Lane St e Soho. Quero muito sair à noite em Camdem Town mas ainda não rolou. Geralmente vamos pra casa de alguém (da Cris ou de algum amigo dela) e fazemos o esquenta com vinho. Outro dia, na Angel St, fomos para um restaurante turco antes de ir para um <em>pub</em> que era um corredor, onde as pessoas dançavam Michael Jackson entre o balcao de bebidas e uma parede de espelhos. As pessoas aqui bebem pra caralho! A Cris diz que nós saimos pra nos divertir e consequentemente ficamos bêbados e eles saem pra beber e a diversão fica pra segundo plano. Neste dia um rapaz de Cambridge me tirou pra dançar! Ficamos fazendo passinhos, algumas <em>performances</em> tímidas e paramos por aí. </div><br /><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Adoro a Brick Lane, uma mistura da Savassi de BH com a Rua Augusta de SP. Durante o dia vários brechós, alfaiatarias, lojas de CDs, cafés. Numa portinha você encontra a vendedora bordando um vestido, em outra vendem-se havaianas, mais na frente um topa-tudo <em>kitsch</em>. Durante a noite uma galera mais descolada pelos bares e <em>clubs</em> grafitados. Há uma rua cheia de indianos tentando de convencer a entrar nos restaurantes; morro de preguiça deles, mas acho que fazem parte daquela paisagem urbana. A galera lá geralmente anda bem <em>high,</em> e imagino que a noite de Camdem Town seja bem parecida.</div><br /><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Fui num bar/galeria de arte bem legal também. Fica dentro da London Bridge Station. Você entra numa porta de madeira e se envereda por galerias subterrâneas com bares, shows ao vivo, <em>performances</em>, teatro. Achei bem Londres: havia decoração gótica, música latina, bolhas de sabão gigantes, cheiro de lugar húmido. </div><br /><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Os bofes daqui são mais reservados. Não têm o mesmo <em>approach </em>que os brasileiros, que eu valorizo muito! São bem estilosos e se não estão bêbados vão ficar. Ainda não atinei muito para a questão bofes, mas minha impressão é a de que: os indianos são trabalhadores que querem se dar bem, os italianos e árabes te comem com os olhos e te fazem sentir mulher-objeto, os ingleses são ou muito fechados ou muito excêntricos. Sempre que tenho oportunidade converso horas, pergunto tudo, aquele meu jeitinho lady deb de ser. Na verdade ainda não conheci um homem interessante, que me fizesse querer dar aquele beijo gostoso. Mas ainda há oito longos meses pela frente e muita coisa vai acontecer nas noites londrinas!</div></div></div>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-81519087206098155652009-10-29T17:36:00.021-02:302009-11-17T15:56:46.980-03:30Trabalho da facul<div align="justify"><blockquote></blockquote>Uma das matérias mais interessantes que faço é a de <em>Modernity, Traditionalism & National Identity.</em> O objetivo do curso é analisar a história de Portugal de 1820 até os dias atuais através de textos literários. Assim, discutimos o contexto histórico, as técnicas literárias, a questão do passado e a construção da identidade lusitana. </div><div align="justify"></div><div align="justify">Cada semana um aluno apresenta (em inglês!) uma obra literária e faz a ligação com o momento histórico. Eu escolhi falar do modernismo/futurismo português, da literatura de guerra, da necessidade de abandonar a visão romântica do passado. A base da minha apresentação será os poemas <em>Ultimatum</em>, de Álvaro de Campos, e <em>Ultimatum Futurista</em>, de Almada Negreiros. E olha só quem eu achei na net declamando o poema: </div><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxpCcZsfnEDkAhE4ojY1GPPxZ8L0qcophNR9h5L9H2zlOfV7TRsVfgAMgJyLm-q3L7zTkp91BHVfFbTBpFGVg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><a
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<br />O ensaio escrito sobre este trabalho encontra-se no endereço: https://sites.google.com/site/pesquisaemletras/</strong>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-3332571241800516342009-10-29T17:36:00.010-02:302009-11-02T16:51:47.874-03:30Big City SleepCaros leitores,<br /><br />estou participando de uma campanha de caridade para crianças de rua do Brasil. Quem quiser contribuir ou saber um pouquinho mais do jeitinho britânico de ajudar visite o site abaixo:<br /><br /><br /><a onclick="onClickUnsafeLink(event);" href="http://www.justgiving.com/Debora-Salomao0" target="_blank">http://www.justgiving.com/Debora-Salomao0</a><br /><br />Obrigada!<br />debDébora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-19758260900915099322009-10-29T17:35:00.012-02:302009-11-21T16:02:40.801-03:30Bristish Culture: The Poppy Appeal<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx-FI3ovMZAq9ESyeMsokqc4bLGY61Rz740YFNU-WAX3XUEkEwjlQSngrxVRF2XQzPw6-fkKRjUxbtC5C_93AsqxebK84mvz3HVGKaam-l2oiLqNZs6Uuews5dRYZSRGhw4ZsJAtObm1A/s1600-h/Royal_British_Legion%2527s_Paper_Poppy_-_white_background.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399161746474721186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 297px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx-FI3ovMZAq9ESyeMsokqc4bLGY61Rz740YFNU-WAX3XUEkEwjlQSngrxVRF2XQzPw6-fkKRjUxbtC5C_93AsqxebK84mvz3HVGKaam-l2oiLqNZs6Uuews5dRYZSRGhw4ZsJAtObm1A/s320/Royal_British_Legion%2527s_Paper_Poppy_-_white_background.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgicTnSsSu8WTXUnWPqBZqE4tZSUnplCAy63PMYQLL5511VfuVpoT5vn7mZrJSzahdcFc3619T4NydtrEpYyVy8t4ApIOOxa256RUzkff006kLMYJNc2ppx0d4kier7RZql77PNwUNNlJY/s1600-h/PA256942_resize.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399161633452031698" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgicTnSsSu8WTXUnWPqBZqE4tZSUnplCAy63PMYQLL5511VfuVpoT5vn7mZrJSzahdcFc3619T4NydtrEpYyVy8t4ApIOOxa256RUzkff006kLMYJNc2ppx0d4kier7RZql77PNwUNNlJY/s320/PA256942_resize.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7kYWjXQM0uGAuJ2WTcjqFm32HAjrbOks4WZjtDdDYetE5lvCDP6Wcqk9gToyhkA5UoKtXo9ouXx6h9oYNN7N165hnmpgXMlxtm8bV6CistfmNCW9PV9xFWKSuHRiaMOAwtE7A7EvCUJo/s1600-h/postcard_home_poster09%5B1%5D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398125237410227554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 201px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7kYWjXQM0uGAuJ2WTcjqFm32HAjrbOks4WZjtDdDYetE5lvCDP6Wcqk9gToyhkA5UoKtXo9ouXx6h9oYNN7N165hnmpgXMlxtm8bV6CistfmNCW9PV9xFWKSuHRiaMOAwtE7A7EvCUJo/s320/postcard_home_poster09%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="justify">Novembro é um mês especial para os ingleses. Eles celebram o The Poppy Appeal. O primeiro Poppy Day foi realizado na Grã-Bretanha em 11 de novembro de 1921, inspirado no poema In Flanders 'Fields escrito por John McCrae. Desde então, tornou-se um evento importante no calendário anual da nação.<br /><br />A estória é a seguinte:</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Um dos mais sangrentos combates da Primeira Guerra Mundial aconteceu nas regiões da Flandres (Bélgica) e da Picardia (França). A papoula foi a única coisa que cresceu após as batalhas. McCrae, um médico que servia junto às Forças Armadas canadeneses, comovido com o que viu escreveu o poema. (curisosamente estes versos me foram apresentados 9 anos atrás por meu professor de inglês quando estava no Canadá).<br /><br />Na décima primeira hora do primeiro dia do décimo primeiro mês de 1918, a Primeira Guerra Mundial terminou. A população civil queria lembrar as pessoas que tinham dado suas vidas em prol da paz e da liberdade. Um secretário de guerra americano, Moina Michael, inspirado pelo poema de John McCrae, começou a vender papoula aos amigos para arrecadar dinheiro para a comunidade de ex-combatentes. E assim a tradição começou.<br /><br />Em 1922, o major George Howson, um jovem oficial de infantaria, formou a <em>Disabled Society</em> para ajudar os ex combatentes da Primeira Guerra Mundial. Howson sugeriu que os membros da <em>Disabled Society</em> produzissem papoulas e a <em>Poppy Factory </em>foi fundada. A papoula original, desenhada especialmente para que os trabalhadores tivessem facilidade em montá-la, permanece a mesma até hoje. </div><div align="justify"><br />Novembro mal deu as caras e já se vê garotos, rapazes e senhores usando a Poppy no lado esquerdo do peito. Muito legal! </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><br /><div align="center">******</div><br /><div align="center"></div><div align="center"></div><br /><div align="center">In Flanders' Fields</div><div align="center">John McCrae, 1915 </div><br /><br /><div align="center"><br />In Flanders' fields the poppies blow</div><br /><div align="center">Between the crosses, row on row,</div><br /><div align="center">That mark our place: and in the sky</div><br /><div align="center">The larks, still bravely singing, fly</div><br /><div align="center">Scarce heard amid the guns below. </div><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">We are the dead. Short days ago</div><br /><div align="center">We lived, felt dawn, saw sunset glow,</div><br /><div align="center">Loved and were loved, and now we lie</div><br /><div align="center">In Flanders' fields. </div><br /><br /><div align="center"><br />Take up our quarrel with the foe;</div><br /><div align="center">To you from failing hands we throw</div><br /><div align="center">The torch; be yours to hold it high,</div><br /><div align="center">If ye break faith with us who die</div><br /><div align="center">We shall not sleep, though poppies grow</div><br /><div align="center">In Flanders' Fields. </div><br /><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">---------------------</div><br /><br /><div align="center"></div><br /><br /><div align="left">Nos campos de Flanders</div><div align="left">John McCrae, 1915 </div><br /><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left">Nos campos de Flanders as papoulas balançam</div><div align="left">Entre as cruzes, fileira por fileira,<br />Isto marca nosso lugar: e no céu<br />As cotovias, ainda voam e cantam bravamente,<br />mas não são ouvidas entre as armas abaixo. </div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left">Nós somos os mortos. Poucos dias atrás</div><div align="left">estávamos vivos, sentíamos tristes, víamos o pôr-do-sol brilhar, </div><div align="left">Amávamos e éramos amados e, agora, nós estamos deitados</div><div align="left">Nos campos de Flandres. </div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left">Compre a nossa briga com o inimigo; </div><div align="left">com nossas mãos caídas jogamos para você </div><div align="left">A tocha, seja sua para que ela se mantenha no alto, </div><div align="left">Se nossa fé se for com aqueles que morrem, </div><div align="left">Não vamos dormir, apesar de as papoulas crescerem </div><div align="left">nos campos de Flanders. </div></div></div>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-52254249038824885272009-10-21T17:32:00.011-02:302009-11-17T16:41:05.861-03:30Trampo<div align="justify">Uma outra forma de conhecer o cotidiano londrino é arrumar um trabalho. Assim, você vê como se dão as relações de trabalho, a forma de socialização dos colegas, o jeito que as coisas funcionam. No início achei difícil conseguir porque, como em qualquer lugar, indicação conta muito. Mas quando completou exatamente um mês que estava aqui, 14/10/09, encarei o meu primeiro dia de trabalho. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">E comecei bem do começo mesmo, como <em>cleaner</em>. Estava distribuindo currículos pelas ruas e conheci um porteiro boliviano que está aqui há 6 anos e que me passou este trampo. Trabalho de segunda a sexta de 5:00 as 8:00 da manhã no Centre Point (prédio de escritórios na Tottenham Court Station). As tarefas são tranquilas: lustrar as macanetas, limpar os vidros, tirar poeira. Fazem parte do meu <em>team</em> duas inglesas e vários bolivianos e colombianos.<em> </em>Estou super praticando meu espanhol!! Apesar de às vezes acordar com sono - principalemente se saio na noite anterior - é muito legal ver Londres acordar. A London Eye iluminada, sentir <em>fog</em> nas ruas, ver pessoas indo trabalhar e muitas voltando da balada em plena segunda-feira. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Também trabalho como <em>waitress</em> nos fins de semana ou em algum dia da semana que estou livre. A agência me manda email convocando e se eu quiser trampar eu respondo, bem flexível. Adorei a experiência! Uma galera de jovens, alguns estudantes, alguns que fizeram disso uma profissão. Ninguém sabe o que fazer direito, pois cada hora o gerente fala uma coisa: "reponha os pães, sirva no <em>buffet</em>, troque as bandejas de frutas, atenda as mesas!" Mas tá todo mundo no mesmo barco e a gente acaba se divertindo muito, conhecendo pessoas, fazendo amizades temporárias.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Em breve penso em largar o de <em>cleaner.</em> Apesar de gostar das pessoas e da estabilidade do emprego acho que posso experimentar outras coisas. E apareceu um terceiro emprego! O nome do cargo é <em>analyst market research</em>. O que tenho que fazer é analisar os comentários de clientes de determinados produtos (celulares, filmes, livros, series de tv) em foruns de discussão e <em>websites</em> e preencher uma planilha de acordo com categorias e classificações. Trabalho como <em>freelancer</em> em casa, horário flexível e ainda pratico meu inglês, as habilidades de tradução (dependendo do produto tenho que analisar websites em português/espanhol) e de interpretação (tenho que entender o que a pessoa quis dizer e porquê). Agradeço a Crisoca, que me indicou para a vaga, e a Prefeitura de Lagoa Santa, que me proprocionou experiência em marketing de relacionamento (isso contou muito no currículo e na entrevista). </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Quero ter muitos outros empregos aqui! Cada dia vejo que, seja isso bom ou ruim, meu perfil profissional é o de um generalista, que faz um pouquinho de cada coisa, que sabe de "tudo" um pouco. Além disso, vejo que qualquer experiência é muita válida; sempre aprendo alguma coisa que serve pra minha vida pessoal ou que será um achado nas incertezas do futuro. Ouvi dizer que a Microsoft procura gente com este perfil... quem sabe é uma, né?! rsrs</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="center">*****</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="justify">Para refletir: </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade."(Voltaire)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"É estranho que, sem ser forçado, saia alguém em busca de trabalho." (William Shakespeare)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"O trabalho agradável é o remédio da canseira." (William Shakespeare)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra." ( Aristóteles)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"O gênio é um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração." (Thomas Edison)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"Assim como não existem pessoas pequenas na vida, sem importância, também não existe trabalho insignificante." (Elena Bonner)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma".(John Ruskin)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"A rotina é mais uma atitude da alma do que uma estrutura laboral". (Miguel-Angel Martí García)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"Pensar é o trabalho mais pesado que há, e talvez seja essa a razão para tão poucos se dedicarem a isso." (Henry Ford)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">"O objetivo adequado da imaginação é proporcionar beleza ao mundo... lançar sobre um simples dia de trabalho um véu de beleza e fazê-lo tremer com a nossa alegria estética".(Lin Yutang)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-70124793592033214092009-10-21T16:39:00.014-02:302009-10-24T08:37:48.538-02:30Go shopping<div align="justify">Aqui está um post que ilustra minhas idas às compras.<br /><br />Nas inúmeras lojinhas Off-license (tipo lojas de conveniencia geralmente de propriedade de indianos, afegãos ou polonoses) pode-se comprar cigarros, vinhos, chocolates, sanduíches, adaptador de tomada e o mehor de tudo: recarregar o Oyster - cartão semanal de transporte.<br /><br />No supermercado - onde tudo é bem mais barato, inclusive mais barato que o Brasil (o cream cheese custa 1 pound!) - pode-se optar pelas tradicionais filas do caixa ou pelas máquinas de self check-out, nas quais o próprio cliente passa o código de barras das mercadorias no leitor óptico, embala, paga com cartão ou dinheiro e assina na tela com uma caneta magnética. Fazer as compras da semana é uma experiência democrática, pois sempre existe um produto que cabe no seu bolso. Quer geléia de morango? Existe uma bem barata, uma mais ou menos e uma cara. Ahh e se você não levar sua bolsa ecológica ou carrinho de compras você paga pelas sacolas plásticas.<br /><br />O conceito de loja mais interessante é o das lojas Argos. Você entra e vai para um balcão de catálogos com milhares de produtos. Após fazer sua escolha, você digita o código do produto em um aparelho para ver se há items disponíveis. Se sim, você anota o código, vai ao caixa e paga. O terceiro passo é ir ao balcão de atendimento e pegar o que você comprou. Em menos de cinco minutos você pode sair de lá com uma mesa, um colchao inflável ou como eu com um depilador de bateria recarregável. Me senti percorrendo um daqueles fluxogramas das remotas aulas de Organizações e Métodos. Aqui funciona muito bem!<br /><br />Os ingleses não têm a cultura de Shopping e nem são tão consumistas como os colonizados estadunidenses e seus "discípulos". Fui apenas a um Shopping que tinha lojas famosoas como a Mac, a Burberry, Calvin Klein, Lacost, Luis Vuitton, Mango, Mont Blanc, Tiffany, Swaroviski. Ruas de comércio são mais comuns. A Oxford St. é a mais turística. Mas há também a High Street Kensington e a Victoria Road. A Primark é, como diz o amigo Hudson, o paraíso dos "pobres". A TopShop, o ícone fashion. A Harrods, um luxo só. A T.Q.Max, um lugar de coisas legais pra ir em época de promoção. A House of Fraser, uma loja para olhar as roupas lindas e sentar na cadeira que faz massagem. A BodyShop, um cantinho cheiroso de cremes e produtos de banho. A Boots, a inspiração da Araújo - uma fármacia que vende até remédio. Há também os mercados! Comida, roupas, gravuras, quadros, bolsas, bijous, relógios... É só escolher; eu já fui no Camden Town, Portobelo Market, Notting Hill Market, Borough Market.<br /><br />As papelarias dão descontos para estudantes e na compra de alguns produtos você leva outro grátis. Os fast-foods são bem baratos; um cheeseburger do McDonalds é 0,99 pounds. A HMV vende dvs e cds a partir de 3 pounds - deve ser por isso que não há locadoras de filmes aqui.<br /><br />Os produtos, as lojas, o atendimento mostram muito da cultura inglesa : tudo prático, democrático, eficiente. Sem choro nem vela.</div>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-79844316515164011142009-10-13T05:39:00.005-02:302009-10-18T16:56:57.462-02:30A Faculdade<div align="justify">A faculdade aqui é bem legal. As salas de aula são equipadas com data-show, retroprojetor, cadeiras confortáveis, mesas grandes. Os professores são super qualificados; as aulas são em inglês e os textos para leitura são escritos em inglês e em português. Há muito apelo a discussão e a participação dos alunos. </div><div align="justify"><br />O pessoal da recepção sempre dá a informação precisa, seja em qualquer campus que estiver. Isto eu achei impressionante! Se você estuda no Strand Campus, mas tem uma lecture no Guy’s Campus é só perguntar que a recepcionista informa a sala, o horário, o professor! Parecia que ela tava me esperando!</div><div align="justify"><br />A primeira semana foi meio confusa... não apenas nós brasileiros fomos agraciados com a desordem. Meu tutor não sabia quais disciplinas eu devia fazer, quantos créditos tinha que completar, se podia me inscrever em cursos de outro departamento. Na verdade acho isso bem típico do mundo acadêmico. Tudo mais calmo, os erros podem ser revisados e tudo acaba bem. Bem diferente do mundo dos negócios. </div><div align="justify"><br />Neste semestre estou fazendo duas disciplinas de Litertura/História Portuguesa, uma do departamento de Lingüística e vários cursos isolados de língua inglesa. Estou adorando! Cada vez mais me identifico com a área da Lingüística Aplicada. Acho que vou me especializar nisso. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="center">*** </div><div align="justify"><br /><br />Lingüística Aplicada: “uma área de estudos que busca a integração da linguagem, seu aprendizado, processos sociocognitivos e um foco no sujeito/agente dos processos lingüísticos. (...) A grande virada da teoria lingüística não ocorreu de fato, como afirmado por muitos, ao final da década de 50, com o advento da Teoria Gerativa. As mudanças cruciais, a meu ver, têm-se desenvolvido com a busca de interfaces entre os estudos da linguagem, da cognição e da cultura”. (Mello, 2004. p55)</div><div align="justify"><br />Fonte: http://www.voy.com/192107/4/3.html</div>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-83145372867193065882009-10-03T17:50:00.006-02:302009-10-03T18:00:12.097-02:30“I will buy the flowers myself”<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ws3AG7VaLW9bl9N0B7sTnxYA5naqcP8Io-JhgRZkhT_Oj2EvOVZuG6PIrLdwPxnz1fUZ5KjRIcdHk3FYTVVJpXP9CcOO-SRKTjOlSXLy5xsW1Hg3B2OCy1mV8F_lbAaAMvu72Dul4jA/s1600-h/Imagem+009.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5388473256550558818" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ws3AG7VaLW9bl9N0B7sTnxYA5naqcP8Io-JhgRZkhT_Oj2EvOVZuG6PIrLdwPxnz1fUZ5KjRIcdHk3FYTVVJpXP9CcOO-SRKTjOlSXLy5xsW1Hg3B2OCy1mV8F_lbAaAMvu72Dul4jA/s320/Imagem+009.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh06LIDZ8tJ9YfvQEJkftZf4dl-kPzCIHcL5TUE-3h5YW05LDphHah6WPHOHWYnuxu9uVsvoDB27glsqMXxKfW0v9iSax0Bm6hIebPabU4sq7eKjcF5UvhFs0y-C7XhnKJEGK03mqTlX7w/s1600-h/Imagem+009.jpg"></a><div align="justify">Desde pequena sou acostumada a minha própria companhia. Acho que isso explica muita, muita coisa mesmo do rumo que minha vida tomou. Sou caçula e minhas irmãs são respectivamente 4 e 6 anos mais velhas que eu e definitivamente fazem escolhas bem diferentes das minhas. Já brinquei muito sozinha: de boneca, de princesa de conto de fadas, de pegar a bicicleta e ir até a lagoa subir nas árvores, de ler livros da coleção vaga-lume, de quebra-cabeças. Sempre gostei de ter autonomia, de fazer aquilo que realmente desejava, tendo companhia ou não. Por outro lado organizava festinhas, presidia comissões de formatura, viajava com amigas. Cresci assim, sendo independente e digamos carismática. Adoro passear sozinha, pegar um ônibus/carro/avião e uma mochila e sair por aí conhecendo gente. Adoro estar com meus amigos num boteco ou na sala lá de casa até tarde da noite. Aqui estou aprendendo a equilibrar o convívio com os brasileiros e a prática do inglês/contato com outras culturas. Tenho tido ótimos momentos com o quarteto Carol/Marcela/Naiara/Luiz - como o passeio de barco a Greenwich, o happy hour com a Comunidade de Estudos Brasileiros e Portugueses, sem contar as burocracias que sempre optamos por decifrá-las juntos! Mas para mim a melhor forma de estar aberta para o novo é estar sozinha – terá isso alguma ligação com arquétipos da infância? Não sei... não sei se simplesmente sou assim e ponto! Alguns lugares imaginários, por exemplo, pedem que o visitamos sozinha. Senti isso quando refiz a caminhada de Mrs Dalloway, protagonista do romance homônimo de Virginia Woolf. Tinha tanta intimidade com esta obra que não havia como compartilhar a emoção de tentar vivê-la. Este foi um dos dias mais alegres que tive aqui. Ao andar pelo Dean’s Yard, pela Westminster e Victoria Street, pelo St. James' Park, pela Picadilly Street, pela Old e New Bond Streets até chegar a Oxford Street eu conversei com tantas pessoas pelo caminho! Com turistas espanhóis, com vários guardas (me perdi algumas vezes!), com o dono da loja de conveniência que é do Afeganistão... e depois descobri uma biblioteca ótima no meu bairro e fiquei amiga da camareira peruana da moradia... Fiquei feliz porque saber que posso contar comigo quando precisar e que me divirto muito em minha companhia! Assim como Clarissa Dalloway - introspectiva, emotiva, preocupada em se comunicar e em acreditar no significado de sua vida – estou aprendendo a aceitar as coisas como elas são e a tirar o melhor proveito delas. </div><br /><div align="justify"><br /></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Virginia Woolf *<a title="1882" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1882"><span style="color:#000000;">1882</span></a><span style="color:#000000;"> + </span><a title="1941" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1941"><span style="color:#000000;">1941</span></a><br /></div><div align="justify"><br /><span style="color:#000000;">Uma das mais importantes </span><a title="Literatura" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura"><span style="color:#000000;">escritoras</span></a><span style="color:#000000;"> </span><a title="Reino Unido" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido"><span style="color:#000000;">britânicas</span></a><span style="color:#000000;">. Realizou uma série de obras notáveis, as quais lhe valeram o título de "a </span><a title="Marcel Proust" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Proust"><span style="color:#000000;">Proust</span></a><span style="color:#000000;"> inglesa". Faleceu em </span><a title="1941" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1941"><span style="color:#000000;">1941</span></a><span style="color:#000000;">, tendo cometido </span><a title="Suicídio" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio"><span style="color:#000000;">suicídio</span></a><span style="color:#000000;">.</span></div><span style="color:#000000;"><br /><div align="justify">Virginia Woolf era filha do </span><a title="Editor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Editor"><span style="color:#000000;">editor</span></a><span style="color:#000000;"> </span><a title="Leslie Stephen (página não existe)" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Leslie_Stephen&action=edit&redlink=1"><span style="color:#000000;">Leslie Stephen</span></a><span style="color:#000000;">, o qual deu-lhe uma educação esmerada, de forma que a jovem teria frequentado desde cedo o mundo literário.Em </span><a title="1912" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1912"><span style="color:#000000;">1912</span></a><span style="color:#000000;">, casou-se com </span><a title="Leonard Woolf (página não existe)" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Leonard_Woolf&action=edit&redlink=1"><span style="color:#000000;">Leonard Woolf</span></a><span style="color:#000000;">, com quem funda, em </span><a title="1917" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1917"><span style="color:#000000;">1917</span></a><span style="color:#000000;">, a </span><a title="Hogarth Press (página não existe)" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hogarth_Press&action=edit&redlink=1"><span style="color:#000000;">Hogarth Press</span></a><span style="color:#000000;">, editora que revelou escritores como </span><a title="Katherine Mansfield" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Katherine_Mansfield"><span style="color:#000000;">Katherine Mansfield</span></a><span style="color:#000000;"> e </span><a title="T.S. Eliot" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/T.S._Eliot"><span style="color:#000000;">T.S. Eliot</span></a><span style="color:#000000;">. </span></div><div align="justify"><span style="color:#000000;"><br /> </div><div align="justify">Virginia Woolf foi integrante do </span><a title="Grupo de Bloomsbury" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_Bloomsbury"><span style="color:#000000;">grupo de Bloomsbury</span></a><span style="color:#000000;">, círculo de intelectuais que, após a </span><a title="Primeira Guerra Mundial" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Mundial"><span style="color:#000000;">Primeira Guerra Mundial</span></a><span style="color:#000000;">, se posicionaria contra as tradições literárias, políticas e sociais da </span><a title="Era Vitoriana" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_Vitoriana"><span style="color:#000000;">Era Vitoriana</span></a><span style="color:#000000;">. </span></div><div align="justify"><br /> </div><span style="color:#000000;"><div align="justify">A obra de Virginia é classificada como modernista. O </span><a title="Fluxo de consciência" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_consci%C3%AAncia"><span style="color:#000000;">fluxo de consciência</span></a><span style="color:#000000;"> foi uma de suas marcas mais conhecidas e da qual é considerada uma das criadoras.Suas reflexões sobre a arte literária - da liberdade de criação ao prazer da leitura foram reunidos em dois volumes O Leitor Comum , homenagem explícita da autora àquele que, livre de qualquer tipo de obrigação, lê para seu próprio desfrute pessoal. </span></div></div>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-45110591753332342852009-09-22T18:25:00.007-02:302009-09-27T11:28:25.403-02:30Trintona!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQV9TvWY6Cy95QFJJI2zzlUnp650NGHTBUjUEejWxqajb1bhnkZisQg8Ea1xSZyfXlnPrgR7AcCNA3m8XaQZfF1vbJ4i_uGxyNEda-OfBsaCbzB1tDCyYeXVG29hv1NtZLkRQD766eVWQ/s1600-h/karol-cubismo3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386143557944887970" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 307px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQV9TvWY6Cy95QFJJI2zzlUnp650NGHTBUjUEejWxqajb1bhnkZisQg8Ea1xSZyfXlnPrgR7AcCNA3m8XaQZfF1vbJ4i_uGxyNEda-OfBsaCbzB1tDCyYeXVG29hv1NtZLkRQD766eVWQ/s320/karol-cubismo3.jpg" border="0" /></a><br /><div><br /></div><div align="justify">Não há como negar que completar 30 anos é um marco. Há quem pense que qualquer idade pode ser um divisor de águas e eu concordo com isso plenamente. Mas 30 é 30, não tem jeito... São muitos referenciais colocados a prova: já casou?(este ainda é bem cotado, acreditem!), já fez mestrado?, já ganhou dinheiro?, já está bem profissionalmente? já deu ok no seu check list pessoal? Afff... e eu fiz minhas malas e vim pra Inglaterra investir no meu curso de Letras e conviver com uma miscelânea de gente! No fundo sabia que me sentiria bem aqui neste momento. </div><div align="justify"><br />É uma idade em que se está nova, mas não tão nova; se está madura, mas não tão madura. Assim parece-me a idade ideal, o equilíbrio onde experiência e juventude estão bem dosadas. Sempre tive síndrome de velhice. Aos 21 pensava: nossa estou tão velha, já deveria ter feito tanta coisa! E hoje vejo que naquela idade eu já fazia muita coisa, mas não conseguia enxergar isso porque o desejo infantil de querer tudo a toda hora me impedia. Tive a impressão que os últimos cinco anos passaram zunando... talvez pelas grandes mudanças que proporcionei a minha vida. Sinto que continuo bonita, animada, aventureira, mas agora bem mais esperta. </div><div><br /></div><div align="justify">Com tantos tropeços e tentativas aprendi a confiar mais nas minhas decisões e a acertar mais. Acho que isso é uma questão de tempo mesmo. Aprendi a ser mais autêntica, pois passei por inúmeras situações que testaram minha personalidade. Também gosto de pensar que os 30 são os novos 20. Acho que é a oportunidade de fazer tudo de novo, só que agora mais bem feito. </div><div><br /></div><div align="justify">Descobri que as opções na vida, na verdade, não são muitas. Não há muito o que fazer, mas sempre há uma terceira porta. E quantas vezes me perdi em um mundo de opções inexistentes... Colocando na balança as opções que tive e meu conhecimento do mundo e de mim mesma acho até que me saí muito bem! E agora é aproveitar muito tudo o que uma juventude madura pode me oferecer. Que venham os 30!<br /><br /></div><div align="center">***</div><div><br /></div><div align="center"></div><div align="justify">Ele não podia ficar fora desta!</div><div><br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="color:#000000;"><strong>Honoré de Balzac *</strong></span><a title="1799" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1799"><span style="color:#000000;"><strong>1799</strong></span></a><span style="color:#000000;"><strong> + </strong></span><a title="1850" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1850"><span style="color:#000000;"><strong>1850</strong></span></a></div><div align="justify">Romancista francês<span style="color:#000000;">, um dos maiores nomes do realismo </span><span style="color:#000000;">literário. Os hábitos de trabalho de Balzac tornaram-se lendários - escrever cerca de quinze horas por dia, impulsionado por um sem-número de chávenas de </span><a title="Cafeeiro" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafeeiro"><span style="color:#000000;">café</span></a><span style="color:#000000;">.<br />Duas de suas famosas obras são <em>A Comédia Humana</em></span><span style="color:#000000;"> (retrato da vida burguesa da França do seculo XIX) e <em>A Mulher de 30 Anos</em> (obra fraca em termos</span> de desenvolvimento narrativo, com personagens frágeis e personalidades contraditórias). Foi em <em>A Mulher de 30 Anos</em>, que pela primeira vez a mulher madura teve destaque na literatura. O autor valorizava sua beleza, experiências, pensamentos, desejos, angústias, reivindicava o direito dela ser feliz, e discutia as mazelas de um casamento fracassado, no qual a mulher estava destinada a carregar a cruz das suas obrigações sociais e legais, a ser prisioneira de seus deveres.</div><div><br /><br /></div><div align="justify">Algumas de suas frases:</div><div><br /><br /></div><p align="justify">* As mulheres, como as crianças, acham que tudo lhes é devido. </p><p align="justify">*As moças com freqüência criam imagens nobres, deslumbrantes,figuras totalmente ideais,e forjam idéias quiméricas acerca dos homens, dos sentimentos, do mundo; depois atribuem inocentemente a um caráter as perfeições que sonharam, e entregam-se a isso, amam no homem que escolheram essa criatura imaginária; porém, mais tarde, quando não há mais tempo de livrar-se do infortúnio, a enganadora aparência que embelezaram, seu primeiro ídolo, transforma-se enfim num esqueleto odioso.</p><p align="justify">*Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).<br /></p><div align="justify"><br /></div><p align="justify">*A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.</p><p align="justify">*Terrível condição do homem! Não há uma das suas felicidades que não provenha de uma ignorância qualquer.<br /><br /></p><p>Nota: a foto eu tirei daqui: <a href="http://interpretacoes.wordpress.com/">http://interpretacoes.wordpress.com/</a></p>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-54103325747460436052009-09-22T18:22:00.002-02:302009-09-22T19:49:12.770-02:30Moradia EstudantilSempre quis saber como é uma moradia estudantil. Já morei em pensionato de freiras – que tem como semelhança apenas as características ruins e que se abstém de ter um lado digamos positivo. O quarto tem 8m2, cama, gaveteiro, estante, armário, aquecedor, escrivaninha e uma pia. A vista dá para o quintal vizinho, que se resume a muitas árvores juntas. Os banheiros, separados em cômodos com duchas e cômodos com vasos sanitários, assim como as cozinhas e as lavanderias ficam espalhados pelos longos corredores e podem ser usados por meninos e meninas. O refeitório, a sala de jogos, a sala de estar e o bar ficam em outro prédio, do outro lado do gramado habitado por esquilos e corvos. O Sainsbury’s supermarket e o Ruskin Park ficam a cinco minutos de caminhada. Os alunos – japoneses, franceses, indianos, irlandeses, búlgaros, romenos, chineses, coreanos e ingleses - são na maioria bem jovens, com exceção de alguns da pós-graduação (tem um de 40). Aqui é uma mistura! Muitas festas, refeições coletivas, banhos de sol no jardim, pessoas completamente bêbadas, muita música, muitos sonhos diferentes. Fico aqui cismando, transformando minha vida em curta metragens, olhando pra frente, pra trás, pros lados. Cada escolha: um ganho e uma perda. Bom saber que posso conhecer um pouquinho de cada canto do mundo através das pessoas e que posso me re-conhecer. Bom mesmo é saber que a volta é tão certa quanta desejada, e que por isso é preciso aproveitar cada instante. Aprender sobre convivência social, sobre o que gosto ou não nas pessoas, sobre o que as torna tão iguais e às vezes tão únicas, sobre altruísmo e comunicação... De repente me dou conta que aqui parece mesmo uma Babel...Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8552469384652803092.post-91653169148263335032009-09-22T18:20:00.001-02:302009-09-22T18:34:30.470-02:30Os primeiros passos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc3ekfN5-YPSNP_Ikr3jbZMrD7ZvjaAh-I52L6hrCYI3164cA9i-4N4CYGaHRGaVNO4ytEjKeekS4ce5taqMJ0YaOmaBURKfj-CZjCXBJp2JtyvJ6OXuOJrGGy4Ga9lgXTDUz9Uu0Kk6I/s1600-h/Queens+Road+Station.4.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384400587781354642" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc3ekfN5-YPSNP_Ikr3jbZMrD7ZvjaAh-I52L6hrCYI3164cA9i-4N4CYGaHRGaVNO4ytEjKeekS4ce5taqMJ0YaOmaBURKfj-CZjCXBJp2JtyvJ6OXuOJrGGy4Ga9lgXTDUz9Uu0Kk6I/s320/Queens+Road+Station.4.JPG" border="0" /></a><br /><div>Os primeiros passos sempre são difíceis e prazerosos. Fico pensando nos bebês que depois de passarem cerca de 10 meses sentados ou deitados começam a engatinhar e a esboçar os primeiros passos. A insegurança dá lugar à imensa vontade de se apoiar nas próprias pernas - depois de senti-las tremer involuntariamente em frente a uma grande platéia que sempre sorri perante qualquer nova tentativa. O desafio é sacrificante, mas a experiência é muito recompensadora. Dá pra sentir pela alegria do rostinho deles! A platéia aqui nem sempre está sorrindo e esperando o melhor de mim. Com certeza estão a toda hora se desculpando por qualquer coisa e desta forma mantendo a “devida” distância. Foi assim nos meus primeiros passos em Waterloo Station, na Batersea Park Station, na Queensroad Station, na Victoria Station e tantas outras stations do emaranhado e eficiente sistema de transporte londrino. Em Clamphan Junction Station, por exemplo, estava sozinha e incrivelmente cansada; já passava das 20 hs quando apertei o botão que abria a porta do metrô. Tinha que pegar outra linha e ainda procurar a Austin Road, rua onde a Cris mora e onde eu estava hospedada por alguns dias. Apertei o botão e a porta simplesmente não abriu; não pude fazer nada além de enxergar a estação ficar cada vez mais distante. Fui até o final da linha para então regressar ao meu destino. Neste dia senti minhas pernas tremerem e consegui dar um dos meus primeiros passos.</div>Débora Salomãohttp://www.blogger.com/profile/07671084986933326765noreply@blogger.com0