Os primeiros passos sempre são difíceis e prazerosos. Fico pensando nos bebês que depois de passarem cerca de 10 meses sentados ou deitados começam a engatinhar e a esboçar os primeiros passos. A insegurança dá lugar à imensa vontade de se apoiar nas próprias pernas - depois de senti-las tremer involuntariamente em frente a uma grande platéia que sempre sorri perante qualquer nova tentativa. O desafio é sacrificante, mas a experiência é muito recompensadora. Dá pra sentir pela alegria do rostinho deles! A platéia aqui nem sempre está sorrindo e esperando o melhor de mim. Com certeza estão a toda hora se desculpando por qualquer coisa e desta forma mantendo a “devida” distância. Foi assim nos meus primeiros passos em Waterloo Station, na Batersea Park Station, na Queensroad Station, na Victoria Station e tantas outras stations do emaranhado e eficiente sistema de transporte londrino. Em Clamphan Junction Station, por exemplo, estava sozinha e incrivelmente cansada; já passava das 20 hs quando apertei o botão que abria a porta do metrô. Tinha que pegar outra linha e ainda procurar a Austin Road, rua onde a Cris mora e onde eu estava hospedada por alguns dias. Apertei o botão e a porta simplesmente não abriu; não pude fazer nada além de enxergar a estação ficar cada vez mais distante. Fui até o final da linha para então regressar ao meu destino. Neste dia senti minhas pernas tremerem e consegui dar um dos meus primeiros passos.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
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