terça-feira, 22 de setembro de 2009

Trintona!



Não há como negar que completar 30 anos é um marco. Há quem pense que qualquer idade pode ser um divisor de águas e eu concordo com isso plenamente. Mas 30 é 30, não tem jeito... São muitos referenciais colocados a prova: já casou?(este ainda é bem cotado, acreditem!), já fez mestrado?, já ganhou dinheiro?, já está bem profissionalmente? já deu ok no seu check list pessoal? Afff... e eu fiz minhas malas e vim pra Inglaterra investir no meu curso de Letras e conviver com uma miscelânea de gente! No fundo sabia que me sentiria bem aqui neste momento.

É uma idade em que se está nova, mas não tão nova; se está madura, mas não tão madura. Assim parece-me a idade ideal, o equilíbrio onde experiência e juventude estão bem dosadas. Sempre tive síndrome de velhice. Aos 21 pensava: nossa estou tão velha, já deveria ter feito tanta coisa! E hoje vejo que naquela idade eu já fazia muita coisa, mas não conseguia enxergar isso porque o desejo infantil de querer tudo a toda hora me impedia. Tive a impressão que os últimos cinco anos passaram zunando... talvez pelas grandes mudanças que proporcionei a minha vida. Sinto que continuo bonita, animada, aventureira, mas agora bem mais esperta.

Com tantos tropeços e tentativas aprendi a confiar mais nas minhas decisões e a acertar mais. Acho que isso é uma questão de tempo mesmo. Aprendi a ser mais autêntica, pois passei por inúmeras situações que testaram minha personalidade. Também gosto de pensar que os 30 são os novos 20. Acho que é a oportunidade de fazer tudo de novo, só que agora mais bem feito.

Descobri que as opções na vida, na verdade, não são muitas. Não há muito o que fazer, mas sempre há uma terceira porta. E quantas vezes me perdi em um mundo de opções inexistentes... Colocando na balança as opções que tive e meu conhecimento do mundo e de mim mesma acho até que me saí muito bem! E agora é aproveitar muito tudo o que uma juventude madura pode me oferecer. Que venham os 30!

***

Ele não podia ficar fora desta!


Honoré de Balzac *1799 + 1850
Romancista francês, um dos maiores nomes do realismo literário. Os hábitos de trabalho de Balzac tornaram-se lendários - escrever cerca de quinze horas por dia, impulsionado por um sem-número de chávenas de café.
Duas de suas famosas obras são A Comédia Humana
(retrato da vida burguesa da França do seculo XIX) e A Mulher de 30 Anos (obra fraca em termos de desenvolvimento narrativo, com personagens frágeis e personalidades contraditórias). Foi em A Mulher de 30 Anos, que pela primeira vez a mulher madura teve destaque na literatura. O autor valorizava sua beleza, experiências, pensamentos, desejos, angústias, reivindicava o direito dela ser feliz, e discutia as mazelas de um casamento fracassado, no qual a mulher estava destinada a carregar a cruz das suas obrigações sociais e legais, a ser prisioneira de seus deveres.


Algumas de suas frases:


* As mulheres, como as crianças, acham que tudo lhes é devido.

*As moças com freqüência criam imagens nobres, deslumbrantes,figuras totalmente ideais,e forjam idéias quiméricas acerca dos homens, dos sentimentos, do mundo; depois atribuem inocentemente a um caráter as perfeições que sonharam, e entregam-se a isso, amam no homem que escolheram essa criatura imaginária; porém, mais tarde, quando não há mais tempo de livrar-se do infortúnio, a enganadora aparência que embelezaram, seu primeiro ídolo, transforma-se enfim num esqueleto odioso.

*Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).


*A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.

*Terrível condição do homem! Não há uma das suas felicidades que não provenha de uma ignorância qualquer.

Nota: a foto eu tirei daqui: http://interpretacoes.wordpress.com/

2 comentários:

  1. é debinha. é como eu sempre digo: nada tem a ver com nada e conseqüentemente tudo tem a ver com tudo. tô começando a achar que isso é mesmo verdade...

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  2. ahhh eu lembro quando vc cantou esta pedra! tá até num post mais antigo! acho qúe é bem por ai viu...

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